Digna Senhora, seja-me útil.
Abandone-me e voe até ele.
Chegue devagar e se ocupe de um vento brando para não assustá-lo.
Deixe-me. Poupe-me da agonia que me trazes.
Sejas gentil e voe até ele.
Chegue devagar. Não o perturbe!
Quando vir o vento dos mais amenos siga-o até pousar no silêncio.
Ao chegar diante dos olhos dele, mantenha-se serena.
Podes assumir a forma do fogo, da água, de um animal ou uma singela flor.
Ao vê-lo, Digna Senhora, deixe que ele sinta todo o meu amor.
É tudo que podes fazer por mim.
Vossa companhia pode me perturbar as horas do dia e roubar-me outras de
sono.
Grata, Digna Senhora, mas peço licença para continuar feliz, em silêncio,
ao lado do silêncio dele.